Ao pensar em São João, o que primeiro vem à mente são as comidas típicas, as roupas xadrez, as bandeirolas e o forró. Nos últimos anos, no entanto, o ritmo musical tem perdido espaço nas tradicionais festas juninas, resultando em menor lucratividade para os artistas do gênero. Uma exceção notável é Wesley Safadão, considerado um expoente do forró eletrônico. Ele possui o cachê mais alto das festividades juninas na Bahia em 2024, com um contrato de R$ 1 milhão com a prefeitura de Tucano, conforme o Painel de Transparência dos Festejos Juninos da Bahia, elaborado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Wesley Safadão não se apresentará apenas em Tucano. O cantor está confirmado também em Senhor do Bonfim no dia 20 de junho, em Santo Antônio de Jesus e Cruz das Almas no dia 23 de junho, e em Serrinha no dia 24 de junho, cobrando R$ 900 mil por apresentação nessas localidades. A assessoria do cantor foi procurada pelo jornal CORREIO para comentar a diferença de valores, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.
Tucano está investindo R$ 3,6 milhões em cachês para 11 artistas, incluindo Maiara e Maraísa, Calcinha Preta e Tarcísio do Acordeon. Gustavo Freitas, representante das pastas de Comunicação, Turismo, Cultura e Desenvolvimento Econômico, destacou que a festa é uma oportunidade para a geração de renda na cidade, com a maior parte dos recursos oriundos de emendas parlamentares e patrocinadores, enquanto a contribuição da prefeitura é de aproximadamente R$ 700 mil.
“O município está entrando com recurso muito baixo. Temos emenda parlamentar no valor de R$ 2,4 milhões do deputado federal baiano Ricardo Maia e do deputado estadual Rogério Andrade, temos apoio da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur) e temos mais dois patrocinadores. A prefeitura está entrando com valor mínimo, em torno de R$ 700 mil”, afirmou Freitas.
A presença de Wesley Safadão nas festas juninas da Bahia não apenas destaca o seu sucesso, mas também ressalta a importância econômica e cultural do São João para as cidades envolvidas, como Tucano, que vê na festividade uma oportunidade de impulsionar a economia local, mesmo em tempos de mudança nas preferências musicais.
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