O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), declarou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que não terá como se engajar ativamente na campanha de Geraldo Júnior (MDB) para a prefeitura de Salvador. "Não vou conseguir ser tão engajado como fiquei em outras campanhas. Eu pretendo ter uma presença nas campanhas muito com vídeo, com foto, porque não vai dar tempo. Eu não vou conseguir sair de lá para ter presença aqui", disse o petista baiano.
Aliados de Rui Costa já antecipavam que o ministro não se envolveria na campanha de Geraldo Júnior. O vice-governador da Bahia não era a escolha de Rui para a disputa eleitoral. O ministro preferia que o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), José Trindade, fosse o candidato, mas perdeu a disputa para o senador Jaques Wagner (PT). Essa divergência refletiu cizânias entre Rui e Wagner, que vêm se desentendendo nos bastidores.
Além das desavenças locais, o presidente Lula aconselhou seus ministros a evitar se envolverem em campanhas eleitorais onde houver mais de um candidato da base governista. Esse aviso reflete a necessidade de manter a unidade e evitar conflitos internos durante o período eleitoral.
Rui Costa também indicou em sua entrevista à Folha que considera concorrer ao Senado pela Bahia nas eleições de 2026. A pretensão do ministro, que governou a Bahia de 2015 a 2022, intensifica a disputa interna pela vaga dentro da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Em 2026, duas vagas estarão em disputa para o Senado em cada estado, e tanto Jaques Wagner quanto Angelo Coronel (PSD) afirmam que buscarão a reeleição. "A candidatura é uma possibilidade, mas tenho que conversar com o presidente Lula. Eu faço política pelo projeto coletivo, então a gente precisa ver o melhor cenário", afirmou Rui Costa.
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