Olá, tudo bem com você?
Esses últimos dias matei uma saudade incrível da minha cidade natal, São Paulo. A cidade mais populosa do Brasil, mais influente no cenário global, que em 2016 recebeu nada mais nada menos que a classificação de cidade global alfa, por parte do órgão Globalization and World Cities Study group and Network. O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é Non ducor, duco frase latina que significa: “Não sou conduzido, conduzo”. Adoro a cidade que nasci, não posso negar, apesar de ter escolhido a Bahia para viver, mas vou além, acho que São Paulo é muito mais, isso por que eu não falei sobre ela ser a capital da cultura, da gastronomia, um polo financeiro importantíssimo para o pais, uma cidade que vive a moda intensamente , sabe explorar a educação e saúde muito bem; Mas estou te contanto tudo isso, porque apesar de eu ser daqui, apesar de eu saber de toda esta informação, algo me chamou atenção...
Como na Bahia, em São Paulo frequento vário lugares, mas diferente da Bahia, São Paulo não é como a Bahia em relação a diversidade de inclusão como se fala por ai, e ai ... ponto mil para a Bahia. E o que eu quero abordar é o tema que na verdade é uma análise bastante profunda. Sobre o racismo estrutural.
Em sua essência, o racismo estrutural, porque acredito que aconteça por aqui, sim ainda estou em SP, refere-se a sistemas, políticas e práticas que perpetuam a discriminação racial de forma implícita e explícita, mesmo na ausência de intenções racistas individuais. Diferente do racismo explícito, onde as atitudes e ações racistas são facilmente identificáveis, o racismo estrutural opera de maneira mais sutil, incorporando-se as estruturas sociais, econômicas e políticas que governam a sociedade.
Acredito que para combatê-lo, precisamos reconhecer sua existência e trabalhar para desmantelar as estruturas e sistemas que o sustentam. Entender que precisamos de reformas significativas em áreas como justiças criminal, habitação, emprego e educação, e que é fundamental para promover a mudança cultural, a igualdade e a diversidade.
Não resolveremos da noite para o dia, precisamos nos comprometer constantemente além da colaboração de muitos. Entretanto, conseguindo superar o racismo estrutural construiremos uma sociedade mais justa, prosperando em oportunidade equilibrada, independente da origem racial.
É preocupante notar que ainda é raro ver pessoas negras frequentando os mesmos lugares que pessoas brancas privilegiadas frequentam. Embora São Paulo tenha avançado em muitos aspectos, esse ponto continua a ser um problema real, não fazendo jus aos títulos recebidos. É importante reconhecer essa disparidade e trabalhar juntos para criar uma São Paulo, e também um Brasil, onde todos tenham as mesmas oportunidades.
Refletir e colocar em prática ainda é a melhor solução!
Nos vemos no próximo mês!
Abraços
Lizandra Cruz Monteiro
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