Com o fim da janela de transferências no futebol brasileiro, o Bahia agora tem o elenco fechado para o restante da temporada. No entanto, a chegada de apenas dois reforços e algumas lacunas persistentes no grupo obrigaram o técnico Rogério Ceni a explorar soluções dentro do próprio plantel para melhorar o desempenho da equipe. Um dos maiores desafios enfrentados pelo treinador é no ataque, setor que tem sido problemático devido a lesões e suspensões.
Nos últimos jogos, Ceni se viu forçado a improvisar para cobrir as ausências. Um exemplo dessa adaptação foi o uso do lateral-esquerdo Iago Borduchi na linha ofensiva. Durante a derrota por 1x0 para o Flamengo, no primeiro jogo das quartas de final da Copa do Brasil, o Bahia terminou a partida com um trio de ataque formado por Ademir, Lucho Rodríguez e Iago Borduchi, já que o time não contava com Rafael Ratão, suspenso. Borduchi voltou a ser escalado no ataque na derrota por 2x1 contra o Red Bull Bragantino, pelo Brasileirão, substituindo Ademir no segundo tempo. Ceni justificou a escolha mencionando a experiência do jogador nessa posição, adquirida durante seu tempo no Augsburg, da Alemanha.
“Iago já jogou nessa função na Alemanha, não é uma novidade. É um jogador rodado, com experiência, está nos ajudando. Infelizmente perdemos Biel, que poderia ser útil nessa função. [...] Foi o melhor que poderíamos fazer”, explicou Ceni. A importância de Biel para o time é inegável, sendo o principal garçom do Bahia com dez assistências e cinco gols em 42 jogos nesta temporada. O atacante de 23 anos, no entanto, está afastado desde o clássico contra o Vitória, em 11 de agosto, devido a uma lesão nas costas.
Além da busca por alternativas na ala ofensiva, Ceni também tem procurado soluções para o posto de referência no ataque. Desde a saída de Oscar Estupiñán, o Bahia conta apenas com Everaldo como centroavante, mas ele tem sido utilizado pelo lado direito do campo, enquanto o meia Cauly ocupa a posição central. Lucho Rodríguez, que tem característica de velocidade, também foi testado na função de centroavante.
Outra opção que o treinador considera é recorrer à base do clube. Três jovens promessas têm treinado com o elenco principal: os atacantes Tiago e Ruan Pablo, e o meia Roger Gabriel. Desses, Tiago é quem mais tem sido relacionado para os jogos, aparecendo no banco em dez partidas entre a Copa do Brasil e o Brasileirão. O jovem de 19 anos já teve impacto ao participar da jogada do gol que garantiu o empate em 1x1 contra o Atlético-GO no primeiro turno da Série A.
Com o elenco limitado e desafios no ataque, Rogério Ceni e sua equipe técnica têm pela frente a tarefa de maximizar os recursos disponíveis para manter o Bahia competitivo na reta final da temporada.
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