O deputado federal Paulo Azi, presidente estadual do União Brasil, acusou o governo do Estado da Bahia de utilizar a máquina pública para interferir nas eleições municipais de Camaçari, com o objetivo de favorecer o candidato do PT, Luiz Caetano. Segundo o parlamentar, ações com uso de recursos e aparato institucional estão sendo realizadas para prejudicar o adversário de Caetano, Flávio Matos, que também é do União Brasil.
Azi criticou a postura do governador Jerônimo Rodrigues (PT), afirmando que o chefe do executivo estadual tem priorizado a campanha eleitoral de seus aliados, em detrimento da administração do estado. “O governador abandonou a administração do estado para se transformar num cabo eleitoral dos seus candidatos e será responsabilizado se alguma tragédia acontecer”, disparou o deputado.
Interferência na eleição
Segundo Paulo Azi, o que ocorre em Camaçari é uma "afronta à democracia e ao Estado Democrático de Direito", com o uso abusivo de recursos públicos para interferir no pleito municipal. Ele pediu que o Ministério Público e a Justiça Eleitoral apurem o caso. “O que está acontecendo não tem precedentes e precisa ser devidamente apurado pelo Ministério Público e pela Justiça Eleitoral”, enfatizou.
O parlamentar destacou que até a Polícia Militar tem sido utilizada nesse contexto. Camaçari conta com duas unidades de policiamento, a 59ª CIPM, responsável pela Costa, e o 12º Batalhão, que cobre o restante do município. No entanto, o governo do estado criou um novo comando para coordenar a segurança durante as eleições na região metropolitana de Salvador, colocando o tenente coronel Wellington Morais Santos à frente da operação, o que, para Azi, é uma manobra questionável.
Acusações de misoginia e perseguição
A situação escalou neste sábado (28), quando a primeira-dama de Camaçari, Ivana Paula, denunciou, em suas redes sociais, o que classificou como conduta misógina por parte do tenente coronel Wellington. Ela divulgou um vídeo que mostra uma atuação truculenta do comandante, inclusive contra ela, durante as celebrações do aniversário da cidade. Ivana também cobrou uma posição do governador Jerônimo Rodrigues em relação ao episódio.
Azi reforçou a crítica, afirmando que o comandante deveria estar mais preocupado em combater o crime organizado, que, segundo ele, estaria intimidando eleitores e candidatos do grupo do União Brasil. “Esse comandante deveria estar preocupado em combater o crime organizado, que em alguns locais está tentando intimidar os eleitores, ao invés de perseguir o nosso grupo político”, afirmou.
Intimidações e denúncias de facções
Paulo Azi relatou ainda que facções criminosas têm atuado para impedir a campanha de candidatos do União Brasil em Camaçari, citando casos de intimidação contra eleitores e membros de seu grupo político. Segundo ele, mulheres com camisetas de apoio ao União Brasil foram obrigadas a retirar as peças na rua, em um claro ato de intimidação.
“O que está acontecendo é uma tentativa de intimidar e amedrontar o nosso grupo político em Camaçari com o uso da máquina. Isso é covardia, é uma política baixa e rasteira que precisa ser veementemente repudiada e combatida”, finalizou o deputado, pedindo uma ação urgente da Justiça Eleitoral para garantir um processo democrático justo.
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