Na manhã desta quinta-feira (11), Peu, um jovem negro, profissional de audiovisual, que reside na periferia de Salvador, divulgou em suas redes sociais um vídeo relatando o tratamento humilhante que recebeu durante a pré-campanha do ex-vereador Paulo Henrique (PT), pré-candidato a prefeito de Mata de São João. O vídeo já acumula mais de 35 mil visualizações e dezenas de comentários de apoio em sua página no Instagram.
Peu foi contratado por uma agência para trabalhar na pré-campanha com um contrato de 30 dias e promessas de trabalho até o final de outubro. No entanto, ele foi dispensado abruptamente no meio do segundo mês devido à falta de alojamento e transporte, problemas que não justificariam a interrupção do contrato. Além disso, ele foi informado de um débito de R$ 5.700 sendo abatido de seu salário, resultando no pagamento de apenas um terço do valor acordado, insuficiente para cobrir despesas com equipamentos e deslocamento.
Além das dificuldades financeiras, Peu relatou uma situação de humilhação, sendo forçado a deixar sua acomodação em duas horas e retornar a Salvador. "Fui chamado de imundo por uma integrante da equipe de comunicação", contou Peu, lamentando a falta de respeito e empatia.
O jovem também destacou o impacto negativo que a situação teve em sua vida e na de seus familiares, dificultando a compra de itens básicos e remédios. "Isso gera um desestímulo para continuar o trabalho, tornando uma área insegura em situações onde contratantes lesam seus contratados", afirmou.
Como um jovem preto vindo da periferia, Peu expressou sua indignação com a falta de empatia e o tratamento desumano que recebeu. "É necessário um olhar humano e empático com o trabalhador que está dedicando o tempo de suas vidas para realizar o sonho de outra", enfatizou.
Horas depois da publicação, Peu participou ao vivo do programa É do Povo e detalhou sua rotina exaustiva de gravações e edições, que deixava pouco tempo para tarefas pessoais. "A gente trabalhava lá todo tempo. Como teve uma vez que a gente fez uma agenda no litoral, chegamos duas horas da madrugada e ainda tinha trabalho de edição para ser feito", revelou.
Ele informou que recebia os pagamentos através de boletos gerados conforme orientação de uma pessoa que seria supostamente vinculada a agência Teiú / Tempo Propaganda.
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