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Moradores de Santo Antônio protestam contra reconhecimento de suposta comunidade quilombola

Manifestantes afirmam que alegações de quilombo são infundadas e prejudicam proprietários locais

27/07/2024 09h42 Atualizada há 12 meses
Por: Redação Fonte: Mais Região
Reprodução
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Nesta quinta-feira (25), moradores da Vila de Santo Antônio, localizada no litoral de Mata de São João, manifestaram-se contra o reconhecimento de uma suposta comunidade quilombola na região. Os residentes alegam que a comunidade em questão reivindica territórios que incluem a própria Vila de Santo Antônio e áreas privadas pertencentes a moradores nativos.

De acordo com os manifestantes, o suposto quilombo é formado por uma única família que deixou a região voluntariamente em 1971. Apesar de terem parentesco com membros da Vila, esses indivíduos nasceram e cresceram em Candeias/BA, retornando à região apenas na década de 1990, em busca de melhores oportunidades de emprego após a construção da Linha Verde.

“A nossa luta é contra a mentira. Ninguém aqui quer o que não é nosso. Nós sabemos o que é um Quilombo e temos a convicção que aqui não há e nunca houve um. Nunca houve opressão por parte de nenhum fazendeiro na região muito menos violência e ameaças. Nunca tentaram nos expulsar de onde nascemos e nossa comunidade é totalmente a favor de um desenvolvimento de forma sustentável,” declara uma moradora, que não quis se identificar. 

A manifestação, que durou todo o dia, foi motivada pela visita de servidores da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), que coletavam dados para um possível reconhecimento territorial aos supostos quilombolas. Esse reconhecimento poderia conceder o uso de toda a faixa litorânea correspondente a terrenos de marinha, desde as praias do Diogo até a Costa do Sauípe, o que, segundo os moradores, prejudicaria proprietários e posseiros locais que há décadas desenvolvem atividades na área.

“Soubemos que para a Fundação Palmares, para conseguirem o registro, eles se passam como lavradores tradicionais, quando nunca viveram da terra e muitos sequer moram no sítio que eles têm. Já para o Patrimônio da União, dizem que vivem da pesca e de mariscar, conforme o funcionário do órgão nos informou. Não é verdade! Nunca viveram nem da agricultura, menos ainda da pesca,” afirmou outro manifestante, indignado com o que chamam de “uma farsa para tomar a terra dos outros.”

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