Vandalismo destrói exposição do Projeto Espelho na campus da UFBA

Logo após a abertura da exposição do projeto Espelho na área externa do Campus da UFBA Camaçari, que ocorreu na última quinta-feira (6), houve um ato de vandalismo no muro que abrigava as fotografias geradas pelos estudantes que realizaram as oficinas de fotografia.

O projeto tem como objetivo fomentar o protagonismo juvenil e oferecer uma plataforma para que jovens artistas possam expressar suas realidades por meio da fotografia. A exposição no campus, como parte de uma série de intervenções urbanas em várias cidades da Bahia, reunia imagens que capturam histórias poderosas e autênticas de pessoas que participaram das oficinas do projeto.

Em Camaçari segue disponível no muro da UOSCC, na Rua da Glória, na Gleba C. "Este ato de vandalismo não só danificou o espaço dedicado à arte, como também desrespeitou o trabalho árduo de jovens, cujas as fotos contavam as histórias de suas comunidades e suas vivências. A destruição das imagens no muro do campus é um reflexo de atitudes que minam a importância da arte como ferramenta de educação, empoderamento e transformação social, objetivos centrais do Espelho", afirmou a organização do projeto em nota nesta terça-feira (11).

"O Espelho representa um processo de aprendizado, autoconhecimento e valorização da identidade. As oficinas oferecidas aos jovens foram acompanhadas de atividades terapêuticas e culturais, que ajudaram a construir uma conexão profunda entre os participantes e suas próprias histórias", acrescenta a nota. Além disso, a exposição urbana teve o objetivo de levar arte a espaços públicos, onde qualquer pessoa poderia vivenciar o trabalho desses jovens, como foi o caso das cidades de Simões Filho, Lauro de Freitas e Camaçari.

"É fundamental que ações como essa, que atentam contra a arte e a cultura, sejam condenadas, mas também que sirvam como um lembrete de que projetos como o Espelho desempenham um papel essencial na construção de um futuro mais inclusivo e consciente. Cabe a todos nós enquanto sociedade garantir que ações de desrespeito não apaguem as vozes daqueles que, por meio da arte, têm encontrado novas formas de contar suas histórias e transformar a realidade ao seu redor", ressalta a organização.

O projeto é realizado pelo Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet, e pelo Coletivo Fora da Caixa, em parceria com o Instituto Casa Coletivo e o Coletivo Falaê Camaçari.

Espelho tem como apoiadores, a UOSCC; UFBa Campus Camaçari; Movimenta Aê; Associação de Moradores Aracui, que fazem parte de Lauro de Freitas; da Associação Beneficente dos Moradores do Parque Continental de Simões Filho; e da gráfica On Print Impressão.