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O Pantanal vai mudar de nome!

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15/07/2024 10h24
Por: Keila Abreu Fonte: Landis Vinicius
Lucas Ramos Mendes
Lucas Ramos Mendes

O Pantanal, outrora um dos mais ricos e exuberantes biomas do planeta, está rapidamente se transformando em uma paisagem árida e devastada pelo fogo. As queimadas, que se intensificam a cada ano, estão consumindo a flora e fauna locais, trazendo consequências desastrosas para a biodiversidade. Em 2024 já queimou cerca de 800 mil hectares! OITOCENTOS MIL! Mais da metade foi somente no mês de junho. Por minuto as chamas consomem uma área em torno de 9 campos de futebol, é aterrorizante.

A perda de água no Pantanal é alarmante. Este bioma, conhecido por suas extensas áreas alagadas e por ser um dos maiores sistemas de áreas úmidas contínuas do mundo, está secando a uma velocidade assustadora. Dados apontam que o Pantanal perdeu aproximadamente 40% da sua água na última década, tendo níveis de cheias cada vez menores. A combinação de mudanças climáticas, desmatamento e, claro, as incessantes queimadas, são os principais responsáveis por essa redução drástica nos níveis de água.

É doloroso observar como o fogo, uma força natural que deveria fazer parte de ciclos regenerativos, foi transformado em uma ferramenta de destruição em massa. As queimadas são frequentemente provocadas de maneira irresponsável para abrir espaço para a agropecuária e outras atividades econômicas. Contudo, o preço que estamos pagando é altíssimo. Não apenas estamos perdendo a vegetação, milhares de formas de vida no solo, como colocando em risco inúmeras espécies que dependem dos recursos hídricos e da vegetação do Pantanal para sobreviver.
A ironia cruel deste cenário é que, ao devastarmos o Pantanal, estamos, na verdade, minando a sustentabilidade a longo prazo das próprias atividades econômicas que, para alguns, “justificam” as queimadas. Sem água, o gado não pode pastar, as plantações não podem crescer, e o próprio solo se torna cada vez menos fértil. E assim vamos nos condenando a um ciclo de miséria e degradação ambiental.

Se continuarmos nesse ritmo, logo renomearemos o bioma, afinal não fará sentido chamar Pantanal quando não houver mais pântano. Devemos agir agora para proteger este bioma vital antes que ele desapareça por completo, levando consigo um pedaço inestimável de nossa herança natural e uma fonte crucial de vida para futuras gerações.

Até a próxima, Landis ;)

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 Landis Vinicius
Sobre Landis Vinicius
Landis Vinicius é engenheiro ambiental, sanitarista, estudante de ciências biológicas e especialista em ecologia. Apaixonado por tudo que envolve a natureza e meio ambiente, trabalha com conservação de tartarugas. Escreve uma vez por mês.
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