A Polícia Federal (PF) deve aumentar a lista de indiciados no inquérito sobre um suposto plano de golpe de Estado. Na última quinta-feira (21), 37 pessoas foram indiciadas pela PF, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Isso porque algumas pessoas investigadas – e uma delas até presa – não entraram na lista no relatório final.
É o caso do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, “kid preto” do Exército. O militar foi preso na semana passada sob suspeita de fazer parte de um plano de assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O motivo de ele não ter sido indiciado no inquérito, segundo integrantes da PF à CNN, é que o investigado não foi ouvido ainda em depoimento.
Entre a intimação e o interrogatório de uma pessoa é preciso ter um prazo mínimo de três dias, conforme a Lei de Organização Criminosa.
Após a oitiva, Azevedo deve ser indiciado e um relatório complementar feito pela PF será enviado ao STF. Além dele, demais pessoas que participaram da execução do plano de ataque, segundo fontes.
O militar está preso no Rio de Janeiro e é o único alvo da operação Contragolpe, deflagrada na última terça-feira (19), que não aparece como indiciado. O inquérito que já indiciou Bolsonaro e ex-ministros do governo anterior citam abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A CNN entrou em contato com a defesa do militar e aguarda retorno.
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