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Geral Greve anunciada

Sindicato revela ameaça de empresários de entregar linhas do transporte metropolitano

“Não podemos recuar na nossa campanha salarial”, defendeu presidente do Sindmetro.

17/01/2025 15h28
Por: Redação
Bruno Guena
Bruno Guena

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários da Região Metropolitana (Sindmetro), Mário Cleber, falou sobre a greve programada para começar no dia 28 de janeiro. A decisão foi tomada após uma série de reuniões com os empresários do setor de transporte intermunicipal, que não apresentaram propostas satisfatórias para os rodoviários.

De acordo com Mário Cleber, em entrevista ao programa De Olho na Cidade (rádio Líder FM e TV Baiana) desta sexta-feira (17), os empresários afirmaram que o sistema de transporte está "estrangulado" e que a situação é uma verdadeira "caixa preta", anunciando a entrega das linhas da Região Metropolitana. A paralisação afetará os municípios de Lauro de Freitas, Candeias, Camaçari, Madre de Deus, Santo Amaro, São Francisco do Conde e São Sebastião do Passé, além de localidades da Linha Verde.

Conforme o presidente, a greve está diretamente ligada à campanha salarial da categoria, iniciada em outubro de 2024. “A greve é parte da nossa campanha salarial. Já nos reunimos várias vezes com os empresários, mas até agora não nos apresentaram nenhuma proposta concreta. Quando voltamos a nos reunir em janeiro, os empresários simplesmente disseram que não tinham nenhuma proposta para apresentar. Por isso, convocamos uma assembleia e a greve foi decidida”, afirmou.

O presidente do Sindmetro também explicou que a maior reivindicação da categoria é o reajuste de 100% na cesta básica. Em Salvador, o valor da cesta básica já ultrapassou R$ 570. “A cesta básica precisa ser reajustada. Durante a pandemia, foi congelada e os preços aumentaram muito. Agora, precisamos desse reajuste”, destacou Mário Cleber.

Em relação às empresas que possam sair do sistema de transporte, ele esclareceu que a falta de negociação não é um jogo dos empresários. “Se saírem as cinco empresas atuais, outras terão que entrar para operar. Por isso, não podemos recuar na nossa campanha salarial. O que conquistamos até agora não podemos perder”, afirmou.

Além disso, Mário Cleber se posicionou sobre a situação do transporte clandestino, que tem ganhado espaço no sistema de transporte público. Para ele, o transporte clandestino não é seguro e coloca a vida dos passageiros em risco. “O transporte clandestino é apadrinhado pela política e está prejudicando o sistema de transporte. As pessoas que trabalham nesse setor não têm qualificação e estão colocando a vida dos passageiros em risco”, disse.

O presidente do Sindmetro também destacou a importância de uma solução para o transporte público, como a gratuidade do metrô, que deveria ser subsidiado pelo governo. "O metrô precisa ser gratuito, subsidiado pelo governo, para que as empresas possam receber a tarifa cheia e a população tenha o direito de andar com tarifa única. É isso que precisamos lutar", afirmou.

Por fim, Mário Cleber deixou claro que o sindicato está à disposição para dialogar com as autoridades competentes, como a Agerba, mas que não irá recuar em suas reivindicações. A reunião com a Agerba já foi agendada, e o sindicato espera que, com a negociação, a greve seja evitada. No entanto, caso não haja acordo, a greve começará conforme o planejado.

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