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Política em Foco Política

Glauber Braga encerra greve de fome após acordo com Hugo Motta sobre processo de cassação

Deputado protesta há uma semana contra avanço do processo que pode cassar seu mandato na Câmara. Acordo prevê 60 dias para que Glauber se defenda antes de votação em plenário.

17/04/2025 21h32
Por: Luana Velloso Fonte: G1
 Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) decidiu nesta quinta-feira (17) encerrar a greve de fome iniciada há mais de uma semana.

A decisão foi tomada após um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o andamento do processo que pode levar à cassação do mandato de Braga.

Segundo Hugo Motta, o acordo foi debatido também com a mulher de Glauber, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), e com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ).

Glauber Braga parou de se alimentar em protesto contra o avanço de um processo que pode cassá-lo na Câmara dos Deputados. Desde o dia 9, o parlamentar estava dormindo nas instalações da Câmara e, segundo a assessoria, tomando apenas água, soro e isotônicos.

"Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar', disse Hugo Motta ao anunciar o acordo.
"Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo", segue.
Em entrevista no fim da tarde, Glauber agradeceu o apoio de movimentos sociais e disse que, apesar de suspender a greve de fome, continuará a “luta contra o Orçamento Secreto”.

Ele disse que resolveu suspender o jejum após uma articulação de parlamentares e reuniões com os movimentos.

O deputado ainda afirmou que a decisão veio após uma publicação do presidente da Câmara que, na prática, representou um “recuo” contra a “perseguição” que estava sofrendo.

“Estou suspendendo essa greve de fome, mas não estamos suspendendo a luta contra o Orçamento Secreto. Não estamos suspendendo a luta contra o poder oligárquico, contra a responsabilização dos assassinos de Marielle, não estamos suspendendo a luta pela responsabilização dos golpistas de plantão, não estamos suspendendo o conjunto das nossas lutas”.
Deputado Glauber Braga anuncia greve de fome

Em que pé está o processo?
A cassação de Glauber Braga recebeu "sinal verde" do Conselho de Ética em uma longa reunião no último dia 8.

O deputado deve recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – que pode avaliar se houve ilegalidade no processo, mas não pode rediscutir o conteúdo da acusação.

Se a CCJ aceitar o recurso, o caso volta ao Conselho de Ética para a correção dos vícios apontados no recurso. Caso contrário, o processo segue para o plenário da Câmara, a quem cabe a decisão final.

Em plenário, os 513 deputados podem votar –e são necessários 257 votos para Glauber perder o mandato. Nesta etapa, cabe ao presidente da Câmara marcar a data da votação.

O pedido de cassação
Glauber é alvo de uma denúncia feita pelo partido Novo, que o acusa de ter quebrado o decoro parlamentar ao agredir e expulsar do prédio da Câmara, com chutes e empurrões, um militante do Movimento Brasil Livre (MBL).

Por maioria de votos, o órgão concordou com o parecer de Paulo Magalhães (PSD-BA), que afirmou haver indícios para que o deputado do PSOL perca o mandato. Glauber Braga acusa Magalhães de ter conduzido o caso de forma "parcial".

Recurso na CCJ
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), companheira de Glauber, afirmou que o PSOL vai protocolar um recurso na terça-feira (22), na CCJ, contestando o relatório aprovado pelo Conselho de Ética.

A parlamentar afirmou que a peça tem 90 páginas e que estão entre os argumentos a suspeição do relator do processo, Paulo Magalhães (PSD-BA) e a desproporcionalidade da medida.

“O gesto corajoso e difícil que o Glauber tomou a iniciativa desde o julgamento no Conselho de Ética foi fundamental para que toda a sociedade brasileira pudesse saber que estava à beira de acontecer uma das maiores injustiças da Câmara dos Deputados”.

Para a líder do PSOL na Casa, Taliria Petrone (PSOL-RJ), a decisão de Motta de não pautar o processo no plenário em 60 dias mostra a mudança de posição do parlamento com o processo de Glauber.

"Imagino que a decisão do presidente Hugo Motta reflita já a possibilidade concreta de romper com essa injustiça, uma penalidade desproporcional”.

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