Polícia identifica suspeitos de executar guarda municipal em Camaçari

A Polícia Civil já identificou os suspeitos de envolvimento na execução do guarda civil municipal George Santos Viana, de 41 anos, assassinado a tiros na tarde da última terça-feira (6), no bairro de Catu de Abrantes, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.

De acordo com fontes da investigação, os suspeitos são conhecidos pelos apelidos de Geleia, Bobo e Cara de Cão. O trio, segundo a polícia, pertence à facção criminosa Bonde do Maluco (BDM). Viana foi surpreendido em uma padaria localizada na Estrada do Coco, na BA-099, onde foi reconhecido pelos criminosos e executado. A pistola calibre 9 milímetros que ele portava foi levada pelos autores do crime.

A apuração está sob responsabilidade da 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP/Camaçari). Até o momento, nenhum dos suspeitos foi preso. Em nota, a Polícia Civil informou que “diligências estão sendo realizadas para esclarecer a motivação e identificar os suspeitos do crime”.

George Santos Viana integrava a Guarda Civil Municipal de Salvador há 16 anos e ocupava o cargo de Classe Distinta. Ele era lotado no Grupo Especial de Proteção Ambiental (GEPA) e atuava também como instrutor de tiro da corporação.

O diretor de Prevenção à Violência da GCM, Humberto Sturaro, lamentou o ocorrido. “Estamos profundamente sentidos com esse acontecimento e acompanhando de perto as investigações, bem como as ações para que a resposta, dentro da legalidade, seja dada à altura. Nossa corporação lamenta tudo isso e prestará todo apoio à família”, afirmou.

O sepultamento do agente está previsto para ocorrer nesta quinta-feira (8), no Cemitério do Campo Santo, no bairro da Federação, em Salvador. O horário ainda não foi divulgado.

Violência contra agentes
Com a morte de George Viana, sobe para 15 o número de agentes de segurança baleados em Salvador e Região Metropolitana nos cinco primeiros meses de 2025, segundo levantamento do Instituto Fogo Cruzado. Desses, quatro não resistiram aos ferimentos.

No dia 27 de janeiro, o soldado da Polícia Militar Arnaldo de Oliveira Silva, 43 anos, foi morto com um tiro no peito ao tentar impedir um arrastão na Rua da Bélgica, em Paripe, no Subúrbio Ferroviário. Ele estava de folga.

Ainda na mesma data, dois policiais militares foram baleados durante uma ronda de rotina no bairro Tancredo Neves. Um foi atingido na cabeça e outro na perna. Ambos foram socorridos para o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS).

Já na madrugada de 10 de fevereiro, um tenente da PM foi baleado na barriga durante uma tentativa de assalto na Avenida Octávio Mangabeira, em Salvador. Ele também estava fora de serviço e foi socorrido por populares.

No dia 27 de março, um soldado lotado no Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) foi baleado no rosto, no Vale das Pedrinhas, no Complexo do Nordeste de Amaralina. Ele foi encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE).

Em 15 de abril, outro PM foi atingido de raspão em um dos braços durante uma ocorrência na localidade conhecida como Beco da Cocada, na Santa Cruz, também no Nordeste de Amaralina. Ele recebeu atendimento no HGE.