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Desesperança ambiental. O que está por vir?

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02/10/2023 13h31
Por: Keila Abreu Fonte: Landis Vinicius
Reprodução/Desconhecida
Reprodução/Desconhecida

Olá, caro leitor. Tudo bem?
(Lógico que não! Como poderia estar tudo bem enquanto o planeta desmorona,não é mesmo?!).

Antes de compenetrar-se nesse texto é importante que saibas que não será um texto otimista, esperançoso… pelo contrário, será um desabafo bastante trágico e pessimista. Mas também, sincero.

Agosto de 2023 entrou para história como o mês mais quente já registrado na Terra, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos. As temperaturas globais dispararam, com uma média 1,25 °C maior do que a do século passado. Esse recorde alarmante é um atestado da crise climática. O fenômeno não poupou continentes, com África, Ásia, América do Norte e América do Sul experimentando seus agostos mais quentes em  pelos menos 125mil anos!. Além disso, o Ártico sentiu o calor de maneira intensa, marcando o quinto mês consecutivo de recorde nas temperaturas oceânicas. 

É um tanto quanto frustrante (e revoltante) pensarmos que há pelo menos 5 décadas os cientistas alertam sobre as mudanças climáticas e suas consequências devastadoras. Os especialistas que se reuniram na Conferência de Estocolmo (em 1972!!) já forneciam evidências de que as atividades humanas, especialmente a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, estavam aumentando os níveis de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa na atmosfera, o que levaria a um aquecimento global significativo. As previsões para a década de 2020 eram preocupantes, veríamos um aumento contínuo nas temperaturas médias globais, eventos climáticos extremos mais frequentes e impactos prejudiciais na biodiversidade e nas comunidades humanas.

O problema disso tudo é que, mesmo com todos os avisos, nada foi feito para tentar minimamente frear os impactos antropológicos sobre o planeta. E agora, ainda que medidas sejam tomadas (e devem ser!), seguiremos por muitas décadas enfrentando as consequências destes impactos que ganaciosamente causamos. Isso não significa que não devemos mudar nossos hábitos, pelo contrário, precisamos sim rever nossas ações, tanto em nível individual como coletivo e cultural. Contudo, teremos cada vez mais a ocorrência de fenômenos climáticos extremos, como já estamos enfrentando. Chuvas torrenciais em um lado do país, enquanto na outra ponta sofremos com a estiagem. Neste mês (setembro/2023) enquanto na região sul haviam cidades submersas, no norte os botos morriam com a falta de água nos rios.

Tempestades intensas, períodos muito chuvosos seguidos de períodos de seca, aumento nos níveis oceânicos, temperaturas extremas (de calor e de frio), tufões e tornados, tudo isso ocorrendo com uma frequência alarmante. Infelizmente, essa é a descrição do nosso futuro.

Gostaria de trazer um texto mais otimista (tentarei fazer isso no próximo mês), contudo as notícias das últimas semanas somente reforçaram nosso descaso com a única casa que temos e isso é, no mínimo, triste (como esse texto).

Até mês que vem,

Landis ;)

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 Landis Vinicius
Sobre Landis Vinicius
Landis Vinicius é engenheiro ambiental, sanitarista, estudante de ciências biológicas e especialista em ecologia. Apaixonado por tudo que envolve a natureza e meio ambiente, trabalha com conservação de tartarugas. Escreve uma vez por mês.
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