A repressão da sexualidade é fruto de uma construção secular. Por diversas razões culturais o sexo até há algum tempo era visto somente como algo ligado a reprodução, o prazer era reprimido, por ser considerado pecaminoso, sujo e errado.
A marginalização da sexualidade tem raízes firmados na história, vale destacar à sexualidade feminina que sofreu e ainda sofre muita repressão; “ Somos educadas para dentro”. A mulher é criada para servir, para ser obediente, casar, ter filhos, ser dona de casa, ou seja, somos educadas para agir como filhas e mães sem passar pelo estágio de mulher.
Na verdade, esse comportamento é muito mais é um condicionamento social que vem acontecendo há vários séculos através das gerações, só, a partir do século XX com a chegada da pílula anticoncepcional as mulheres começam a ter vida sexual sem gravidez, permitindo sair de casa para trabalhar e o sexo passa a servir ao prazer além da reprodução. Com todas essas conquistas temos ainda muito a fazer, precisamos desmistificar alguns tabus sobre à sexualidade feminina.
Em conversas com algumas mulheres que relatam que sentem dificuldade no relacionamento por medo de engravidar, por dificuldade em expressar suas necessidades afetivas, dificuldades de falar o que sente, vergonha em se tocar e dar dicas de onde ser tocadas, de expor e falar o que querem na relação. Esses relatos só reforçam que não há um interesse social legítimo de que elas se empoderem de seus corpos e de sua sexualidade. O que eu vejo são mulheres com muito medo e vergonha de entrar em contato com seu corpo e sua sexualidade. Então, antes de mais nada, precisamos criar espaços seguros com informação de qualidade sobre o assunto, assumir nossas vulnerabilidades, entender de onde vem o medo, porque ainda nos culpamos quando o assunto é prazer sexual, que a sexualidade vai muito além da união dos órgãos sexuais: ela é a energia vital ligada à afetividade. Ela influência toda a sua vida.
O segredo está na conexão consigo mesma, em você ser dona do seu próprio corpo e prazer, a partir desse lugar de integridade do corpo, nos tornamos mais capazes de fazer escolhas conscientes, o que, por sua vez, nos torna mulheres mais libertas, autônomas e autoconfiantes.
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